(ENEM PPL - 2018) No texto, o uso da linguagem verbal e no verbal atende finalidade de
(ENEM PPL - 2018) Para que serve a tecnologia Computador Com os computadores e a internet, mudei muito. A Lian de hoje totalmente diferente daquela de antes da informtica. Me abriu portas e, alm de tudo, fui aceita por pessoas que achava que no iriam me aceitar. Com a internet, viajei o mundo. Fui at Portugal e frica. Eu nem sabia que l a realidade era to forte. Perto deles, estamos at muito bem. Tnia Lian Silva, 26, ndia pankararu. TV Eu gosto muito de televiso. Assisto s novelas, me divirto muito. Mas, ao mesmo tempo, sei que aquilo tudo que passa l no verdade. tudo uma iluso. Valentina Maria Vieira dos Santos, 89, ndia fulni- da aldeia Xixi a cla. MP3 Player Cuido do meu tocador de MP3 como se fosse um tesouro. um pen drive simples, mas muito especial para mim. Nele ouo msicas indgenas e bandas da prpria aldeia. Ele vive emprestado porque acaba sendo a diverso da aldeia inteira. Uso at para exibir uns vdeos que baixo da internet. Basta colocar no aparelho de DVD com entrada USB que tenho. Jailton Pankararu, 23, ndio pankararu. Disponvel em: www2.uol.com.br. Acesso em: 1 ago. 2012. Os depoimentos apresentados no texto retratam o modo como diferentes geraes indgenas relatam suas experincias com os artefatos tecnolgicos. Os comentrios revelam
(ENEM PPL - 2018) TEXTO I Por complexo de vira-latas entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. Isto em todos os setores e, sobretudo, no futebol. Dizer que ns nos julgamos os maiores uma cnica inverdade. Em Wembley, por que perdemos? Porque, diante do quadro ingls, louro e sardento, a equipe brasileira ganiu de humildade. Jamais foi to evidente e, eu diria mesmo, espetacular o nosso vira-latismo [...]. um problema de f em si mesmo. O brasileiro precisa se convencer de que no um vira-latas. RODRIGUES, N. sombra das chuteiras imortais. So Paulo: Cia. das Letras, 1993. TEXTO II A melhor banda de todos os tempos da ltima semana As msicas mais pedidas Os discos que vendem mais As novidades antigas Nas pginas dos jornais Um idiota em ingls Se idiota, bem menos que ns Um idiota em ingls bem melhor do que eu e vocs A melhor banda de todos os tempos da ltima semana O melhor disco brasileiro de msica americana O melhor disco dos ltimos anos de sucessos do passado O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos TITS. A melhor banda de todos os tempos da ltima semana. So Paulo: Abril Music, 2001 (fragmento). O verso do Texto II que estabelece a adequada relao temtica com o nosso vira-latismo, presente no Texto I, :
(ENEM PPL - 2018) No h dvidas de que, nos ltimos tempos, em funo da velocidade, do volume e da variedade da gerao de informaes, questes referentes disseminao, ao armazenamento e ao acesso de dados tm se tornado complexas, de modo a desafiar homens e mquinas. Por meio de sistemas financeiros, de transporte, de segurana e de comunicao interpessoal representados pelos mais variados dispositivos, de cartes de crdito a trens, avies, passaportes e telefones celulares , circulam fluxos informacionais que carregam o DNA da vida cotidiana do indivduo contemporneo. Para alm do referido cenrio informacional contemporneo, percebe-se, nos contextos governamentais, um esforo gerado por leis e decretos, ou mesmo por presses democrticas em disseminar informaes de interesse pblico. No Brasil, est em vigor, desde maio de 2012, a Lei de Acesso Informao n. 12.527. Em linhas gerais, a legislao regulamenta o direito informao, j garantido na Constituio Federal, obrigando rgos pblicos a divulgarem os seus dados. SILVA JR., M. G. Vigiar, punir e viver. Minas faz Cincia, n. 58, 2014 (adaptado). As Tecnologias de Informao e Comunicao propiciam sociedade contempornea o acesso grande quantidade de dados pblicos e privados. De acordo com o texto, essa nova realidade promove
(ENEM PPL - 2018) Escrever no uma questo apenas de satisfao pessoal, disse o filsofo e educador pernambucano Paulo Freire, na abertura de suas Cartas a Cristina, revelando a importncia do hbito ritualizado da escrita para o desenvolvimento de suas ideias, para a concretizao de sua misso e disseminao de seus pontos de vista. Freire destaca especial importncia escrita pelo desejo de convencer outras pessoas, de transmitir seus pensamentos e de engajar aqueles que o leem na realizao de seus sonhos. KNAPP, L. Linha fina. Comunicao Empresarial, n. 88, out. 2013. Segundo o fragmento, para Paulo Freire, os textos devem exercer, em alguma medida, a funo conativa, porque a atividade de escrita, notadamente, possibilita
(ENEM PPL - 2018) Qualquer que tivesse sido o seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de profisso e passara pesadamente a ensinar no curso primrio: era tudo o que sabamos dele. O professor era gordo, grande e silencioso, de ombros contrados. Em vez de n na garganta, tinha ombros contrados. Usava palet curto demais, culos sem aro, com um fio de ouro encimando o nariz grosso e romano. E eu era atrada por ele. No amor, mas atrada pelo seu silncio e pela controlada impacincia que ele tinha em nos ensinar e que, ofendida, eu adivinhara. Passei a me comportar mal na sala. Falava muito alto, mexia com os colegas, interrompia a lio com piadinhas, at que ele dizia, vermelho: Cale-se ou expulso a senhora da sala. Ferida, triunfante, eu respondia em desafio: pode me mandar! Ele no mandava, seno estaria me obedecendo. Mas eu o exasperava tanto que se tornara doloroso para mim ser objeto do dio daquele homem que de certo modo eu amava. No o amava como a mulher que eu seria um dia, amava-o como uma criana que tenta desastradamente proteger um adulto, com a clera de quem ainda no foi covarde e v um homem forte de ombros to curvos. LISPECTOR, C. Os desastres de Sofia. In: A legio estrangeira. So Paulo: tica, 1997. Entre os elementos constitutivos dos gneros est a sua prpria estrutura composicional, que pode apresentar um ou mais tipos textuais, considerando-se o objetivo do autor. Nesse fragmento, a sequncia textual que caracteriza o gnero conto a
(ENEMPPL - 2018) Disponvel em: http://arquivo-x.webnode.com. Acesso em: 5 dez. 2012. Em sua conversa com o pai, Calvin busca persuadi-lo, recorrendo estratgia argumentativa de
(ENEM PPL - 2018) Deserto de sal O silncio ajuda a compor a trilha que se ouve na caminhada pelo Salar de Atacama. Com 100 quilmetros de extenso, o Salar de Atacama o terceiro maior deserto de sal do mundo. De acordo com estudo publicado pela Universidade do Chile, o Salar de Atacama uma depresso de 3 500 quilmetros quadrados entre a Cordilheira dos Andes e a Cordilheira de Domeiko. Sua origem est no movimento das placas tectnicas. Mais tarde, a gua evaporou-se e, desta forma, surgiram os desertos de sal do Atacama. Alm da crosta de sal que recobre a superfcie, h lagoas formadas pelo degelo de neve acumulada nas montanhas. FORNER, V. Terra da Gente, n. 96, abr. 2012. Os gneros textuais so textos materializados que circulam socialmente. O texto Deserto de sal foi veiculado em uma revista de circulao mensal. Pelas estratgias lingusticas exploradas, conclui-se que o fragmento apresentado pertence ao gnero
(ENEM PPL - 2018) Disponvel em: http://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 11 mar. 2016. Os azulejos das fachadas do centro histrico de So Lus (MA) integram o patrimnio cultural da humanidade reconhecido pela Unesco. A tcnica artstica utilizada para a produo desses revestimentos advm das
(ENEM PPL - 2018) A ascenso das novas tecnologias de comunicao causou alvoroo, quando no gerou discursos apocalpticos acerca da finitude dos objetos nos quais se ancorava a cultura letrada. As atenes voltaram-se, sobretudo, para o mais difundido de todos esses objetos: o livro impresso. A crer nesses diagnsticos sombrios, os livros e a noo romntica de autoria estavam fadados ao desaparecimento. O triunfo do hipertexto e a difuso dos e-books inscreveriam um marco na linha do tempo, semelhante aos daqueles suscitados pelo advento da escrita e da revoluo do impresso. Decerto porque as mudanas no padro tecnolgico de comunicao alteram prticas e representaes culturais. Contudo, os investigadores insistem que uma perspectiva evolutiva e progressiva acaba por obscurecer o fato de que as normas, as funes e os usos da cultura letrada no so compartilhados de maneira igual, como tambm no anulam as formas precedentes. Apesar dos avanos, a histria da leitura no pode restringir seu interesse ao livro, tendo de considerar outras formas de impresso de ampla circulao e suportes de textos no impressos. Isso particularmente relevante no Brasil, onde a imprensa aportou tardiamente e o letramento custou a se espalhar pela sociedade. SCHAPOCHNIK, N. Cultura letrada: objetos e prticas uma introduo. In: ABREU, M.; SCHAPOCHNIK, N. (Org.). Cultura letrada no Brasil: objetos e prticas. Campinas: Mercado das Letras, 2005 (adaptado). Nesse texto, ao abordar o desenvolvimento da cultura letrada no pas, o autor defende a ideia de que
(ENEM PPL - 2018) Filha do compositor Paulo Leminski lana disco com suas canes Leminskanes d novos arranjos a 24 composies do poeta Frequentemente, a cantora e compositora Estrela Ruiz questionada sobre a influncia da poesia de seu pai, Paulo Leminski, na msica que ela produz. A minha infncia foi msica, msica, msica, responde veementemente, lembrando que, antes de poeta, Leminski era compositor. Estrela frisa a faceta musical do pai em Leminskanes. Duplo, o lbum soma Essa noite vai ter sol, com 13 composies assinadas apenas por Leminski, e Se nem for terra, se transformar, que tem 11 parcerias com nomes como sua mulher, Alice Ruiz, com quem comps uma nica faixa, Itamar Assumpo e Moraes Moreira. BOMFIM, M. Disponvel em: http://cultura.estadao.com.br. Acesso em: 22 ago. 2014 (adaptado). Os gneros textuais so caracterizados por meio de seus recursos expressivos e suas intenes comunicativas. Esse texto enquadra-se no gnero
(ENEM PPL - 2018) bom... o... eu tenho impresso que o rdio provocou uma revoluo... no pas na medida que:... ahn principalmente o rdio de pilha n? quer dizer o rdio de pilha representou a quebra de um isolamento do homem do campo principalmente quer dizer ento o homem do campo que nunca teria condio de ouvir... falar... de outras coisas... de outros lugares... de outras pessoas, entende? atravs do rdio de pilha... ele pde se ligar ao resto do mundo saber que existem outros lugares outras pessoas, que existe um governo, que existem atos do governo... de modo que... o rdio, eu acho que tem um papel at... numa certa medida... ele provocou pelo alcance que tem uma revoluo at maior do que a televiso... o que significou a quebra do isolamento... entende? de certas pessoas... a gente v hoje o operrio de obra com o rdio de pilha debaixo do brao durante todo o tempo que ele est trabalhando... quer dizer... se esse canal que o rdio fosse usado da mesma forma como eu mencionei a televiso... num sentido cultural educativo de boas msicas e de... numa linha realmente de crescimento do homem [...] Esses veculos... de telecomunicaes se colocassem a servio da cultura e da educao seria uma beleza, n? CASTILHO, A. T.; PRETTI, D. (Org.). A linguagem falada na cidade de So Paulo: materiais para seu estudo. So Paulo: T. A. Queiroz; Fapesp, 1987. A palavra comunicao origina-se do latim communicare e significa tornar comum, repartir. Nessa transcrio de entrevista, reafirma-se esse papel dos meios de comunicao de massa porque o rdio poderia
(ENEM PPL - 2018) Quantos h que os telhados tm vidrosos E deixam de atirar sua pedrada, De sua mesma telha receiosos. Adeus, praia, adeus, ribeira, De regates tabaquista, Que vende gato por lebre Querendo enganar a vista. Nenhum modo de desculpa Tendes, que valer-vos possa: Que se o co entra na igreja, porque acha aberta a porta. GUERRA, G. M. In: LIMA, R. T. Abec de folclore. So Paulo: Martins Fontes, 2003 (fragmento). Ao organizar as informaes, no processo de construo do texto, o autor estabelece sua inteno comunicativa. Nesse poema, Gregrio de Matos explora os ditados populares com o objetivo de
(ENEMPPL - 2018) Uma lngua, mltiplos falares Desde suas origens, o Brasil tem uma lngua dividida em falares diversos. Mesmo antes da chegada dos portugueses, o territrio brasileiro j era multilngue. Havia cerca de 1,2 mil lnguas faladas pelos povos indgenas. O portugus trazido pelo colonizador tampouco era uma lngua homognea, havia variaes dependendo da regio de Portugal de onde ele vinha. H de se considerar tambm que a chegada de falantes de portugus acontece em diferentes etapas, em momentos histricos especficos. Na cidade de So Paulo, por exemplo, temos primeiramente o encontro lingustico de portugueses com ndios e, alm dos negros da frica, vieram italianos, japoneses, alemes, rabes, todos com suas lnguas. Todo este processo vai produzindo diversidades lingusticas que caracterizam falares diferentes, afirma um linguista da Unicamp. Da que na mesma So Paulo pode-se encontrar modos de falar distintos como o de Adoniran Barbosa, que eternizou em suas composies o sotaque tpico de um filho de imigrantes italianos, ou o chamado erre retroflexo, aquele erre dobrado que, junto com a letra i, resulta naquele jeito de falar cairne e poirta caracterstico do interior de So Paulo. MARIUZZO, P. Disponvel em: www.labjor.unicamp.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (adaptado). A partir desse breve histrico da lngua portuguesa no Brasil, um dos elementos de identidade nacional, entende-se que a diversidade lingustica resultado da
(ENEMPPL - 2018) O tradicional ornato para cabelos, a tiara ou diadema, j foi uma exclusividade feminina. Na origem, tanto tiara quanto diadema eram palavras de bom bero. Tiara nomeava o adorno que era o signo de poder entre os poderosos da Prsia antiga e povos como os frsios, os bizantinos e os etopes. A palavra foi incorporada do Oriente pela Grcia e chegou at ns por via latina, para quem queria referir-se mitra usada pelos persas. Diadema era a faixa ou tira de linho fino colocado na cabea pelos antigos latinos, herana do derivado grego para dido (atar em volta, segundo o Houaiss). No Brasil, a forma de arco ou de lao das tiaras e alguns usos especficos (o nordestino gigolete faz aluso ao ornato usado por cafetinas, verses femininas do gigol) produziram novos sinnimos regionais do objeto. Os sinnimos da tiara. Lngua Portuguesa, n. 23, 2007 (adaptado). No texto, relata-se que o nome de um enfeite para cabelo assumiu diferentes denominaes ao longo da histria. Essa variao justifica-se pelo(a)